Créditos da imagem: Guiadicas
Exceto na masturbação, sexo sempre foi feito com pelo menos duas pessoas. A forma mais comum é o casal. Terapeutas sempre imaginaram que as dificuldades de relacionamento, obviamente, atrapalham o sexo. E é verdade!
Contamos com a ajuda de colegas de consultório, do INSTITUTO PAULISTA DE SEXUALIDADE, para relacionarmos as duas coisas. Num mês tivemos 71 pacientes novos com queixas sexuais. E fomos procurar nestas pessoas as dificuldades associadas a relacionamento interpessoal.
As queixas sexuais de mulheres em consultório continuam sendo:
- Anorgasmia - dificuldades ou incapacidades em obter orgasmos na relação coital - 82% e;
- Inibição do desejo sexual - ausência ou diminuição da motivação de fazer sexo, geralmente comparada ao parceiro - 36%.
As queixas masculinas continuam sendo:
- Disfunções eretiva - dificuldades de obter ou manter ereção penianas rígidas satisfatoriamente para o coito - 51% e a;
- Falta de controle voluntário da ejaculação - a chamada ejaculação precoce, o ejacular rápido, antes do orgasmo da mulher - 39%.
O que descobrimos foi o consenso entre os terapeutas de que:
* A falta assertividade (dificuldade em expressar limites) era o maior problema nas mulheres (91%),
* com mais dificuldade emocionais (a exemplo da ansiedade e dificuldade em controlá-la - 86%),
* dificuldades em expressar sentimentos (73%)
* e dificuldades afetivas (a exemplo de não estabelecer vínculos afetivos de longo prazo - 59%).
Para os homens,
* a falta de assertividade foi o concomitante maior (84%),
* com dificuldades emocionais (82%),
* e a falta de fala dos sentimentos (55%).
Aparentemente os terapeutas envolvidos consideram que as mulheres com queixas sexuais apresentam mais intensas dificuldades de expressividade emocional e em maiores proporções. As questões de gênero devem ser consideradas nesta conclusão, posto que estas dificuldades estão sendo associadas ao desempenho sexual, uma exigência masculina. Mulheres que preocupam-se com necessidades mais masculinas e que tem mais dificuldades em cumpri-las.
A maioria das vezes para o tratamento de problemas sexuais o casal deveria estar se tratando. As dificuldades de expressão das emoções, de falar destas emoções, e em especial o reconhecer os próprios limites e colocá-los um para o outro são problemas muito maiores do que o problema sexual. Esta é a maior justificativa para que a terapia com o casal seja efetuada no tratamento de problemas sexuais.
Um exemplo é o casal que pretende superar a ejaculação precoce para que a mulher também possa desenvolver a capacidade em ter orgasmos. Quando não conseguem falar do que sentem, frustram-se com facilidade frente ao problema sexual, e a mesma dificuldade em expressar-se faz com que sintam mais e mais emoções negativas, raiva e angústia. Lidar com as ansiedades neste momento é necessário, pois a reconstrução do comportamento sexual exige do terapeuta e do cliente: tempo, paciência, atenção, concentração e continência para as questões de afeto e emoção. Caso contrário as dificuldades emocionais serão um grande empecilho, mesmo que o casal possa experienciar, já no começo da terapia, a certeza de que podem chegar aos objetivos. Ambos no casal precisam desenvolver esta atitude positiva e vencer as emoções negativas.
As dificuldade interpessoais e de expressividade emocional associam-se aos problemas sexuais e merecem atenção na solução destes problemas.
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