Crédito da imagem:abruxinhadiz.
A
sexualidade é algo muito natural e está presente na vida dos seres humanos
desde bem cedo. Com o passar do tempo, ela ganha contornos adultos, resultando
na sexualidade que conhecemos quando amadurecemos.
Na infância, isso está relacionado ao simples
prazer corporal, sem qualquer conotação com a sexualidade erotizada adulta.
Ainda antes do final da infância, as crianças surgem com suas curiosidades,
exploram as diferenças e descobrem tanto o seu corpo quanto o do outro, e assim
já aprendem a tirar sensações do próprio corpo. Já na adolescência, ela está
relacionada às primeiras experiências e descobertas, ainda mais complexas e
elaboradas. Desse período em diante um longo caminho será percorrido até que a sexualidade
de cada um se defina e se solidifique, alcançando a sofisticação adulta.
Atingida a fase adulta, encontraremos infinitas
variações e formas de cada um lidar com a própria sexualidade. As influências
que geram o resultado final dessa complexa equação são muitas. Desde como
viveram a sexualidade inicialmente, até influências familiares, culturais,
religiosas, passando por traços de personalidade, escolha dos parceiros,
experiências positivas ou negativas e assim por diante.
Apesar da imensa variedade, existem certos tipos
de comportamentos sexuais que são considerados mais comuns. Os criativos são
aqueles que fogem da rotina, explorando possibilidades com seus parceiros, e
que não apreciam repetição. Os românticos seriam os que precisam de calma,
preliminares amorosas, precisam ter o seu tempo e o momento respeitados para
que sintam acolhidos e realizados. Os passivos ficam à espera da manifestação
do parceiro, mas, uma vez iniciado o ato sexual, podem tornar-se ativos e
enérgicos. Existem aqueles fantasiosos, que fazem um uso maior de seus recursos
mentais para imaginar cenários, lugares, personagens... Enfim, diversas
fantasias sexuais. Existem os que são uma combinação de dois ou mais perfis,
assim como existem outros que não foram citados, que seriam desdobramentos dos
principais.
Cada leitor poderá se identificar com as
características descritas, assim como imaginar que existem muitas outras. O que
queremos nesse artigo é mostrar que não existe um único jeito ou forma correta
de ser, agir e pensar o sexo. Ele é tão variado quanto o comportamento humano,
tão complexo quanto as emoções humanas e tão certo de existir quanto o ar que
respiramos. Acontece que muitos se sentem na obrigação de ser como idealizam,
como acreditam que o parceiro espera, como aprendeu ao longo da vida que
deveria ser. Ao agir assim, corre-se o risco de perder a naturalidade, a
espontaneidade e o sexo pode virar mais um desafio do que um prazer.
É comum que alguns casais experimentem,
inicialmente, um certo desencontro nesse assunto. Acontece em especial com
pessoas que estejam presas a certas convicções, como as descritas acima. São
pessoas inseguras que não se permitem viver o sexo como sabem, podem ou querem.
Acreditam que é necessário se encaixar no que o outro espera e, ao invés de ter
um momento de profunda alegria e prazer, acabam vivendo momentos de apreensão
ou desconforto.
Em razão disso tudo é importante que, como em
qualquer outro assunto, o diálogo também esteja presente quando o tema for
sexo. Não existem regras, apenas a necessidade em ouvir, falar, trocar e
encontrar um meio para que os dois obtenham o máximo de alegria, conforto e
prazer. Se o outro não compreendeu o que importa para você ou o que a deixa
satisfeita, mostre, diga calmamente, sem raiva por ele não ter conseguido
antecipar ou sem ressentimento por não ter percebido por conta própria. O ser
humano é uma eterna caixa de surpresas e se nós mesmos nem sempre nos
conhecemos tão bem e passamos a vida mudando, transformando e querendo coisas
diferentes, não podemos assumir que o outro saberá o que pensamos. O sexo é
algo que deve ser vivido com leveza e prazer, e por isso precisa ser cuidado
com igual respeito e atenção que damos aos outros temas que compõem nossa vida.
Fonte: Por Dra. Juliana Amaral, consultora de relacionamento do Par Perfeito | Yahoo! Brasil – 17 horas atrás
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